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A Tradição do café colonial gaúcho

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De um hábito muito conhecido dos imigrantes alemães, surgiu um dos maiores ícones da gastronomia gaúcha, o Café Colonial.

Quando houve a migração alemã, os imigrantes foram dispostos em colônias, algumas vezes separando famílias há muitos quilômetros de distância e para manter o contato, os imigrantes realizavam o Kerb. 

O Kerb é uma comemoração que durava até 3 dias (do domingo até terça-feira).

Café Colonial em Nova Petrópolis – Essa mesa serve duas pessoas.

 

Baseada na data da inauguração da igreja local, o Kerb movimenta todo a região, com as famílias enfeitando suas casas, usando suas roupas festivas, com bailes, visitas às casas e principalmente hospitalidade – com os visitantes sendo recebidos nas casas e principalmente com uma fartura de alimentos e bebidas.



Ao final das comemorações, ao entardecer (na hora de ir embora), era servido um café reforçado – para que a visita não fosse embora de “barriga vazia – um café colonial.
Café, bolos, pães, embutidos, doces. O caminho de volta era comprido e os visitantes precisavam ser bem tratados.

O surgimento do café colonial com negócio



A história* da Família Hertel no Brasil, se confundiria com muitas outras histórias de imigrantes que vieram tentar a sorte no início do século passado, se não fosse a figura da dona Maria Hertel. Chegados ao Brasil no início dos anos 1930, dona Maria chegou ao Brasil com seu esposo Dr  Hertel e sua filha Ingrid e mudaram-se para Nova Petrópolis em 1939, a convite do Pastor Kolb – recém assumido o ministério da cidade. Porém, impedido de exercer atividade profissional, por conta do Estado Novo.

Doces alemães como o Strudel estão sempre presentes nos cafés coloniais.

Voltaram à Alemanha em plena 2a guerra mundial, o que fez Dr. Hertel servir como médico da Wehrmacht (nome do conjunto das forças armadas da Alemanha durante o Terceiro Reich entre 1935 e 1945) e os fizeram perder todos os bens – alimentando o sonho de voltar ao Brasil – o que aconteceu em 1946 quando dr. Hertel foi convidado a ser o auxiliar do Dr. Christ no mais novo hospital de Nova Petrópolis.

Viviam como hóspedes na casa Paroquial até comprarem um pedaço de terra e iniciar a construção de sua casa (a primeira em estilo suíço de Nova Petrópolis).

Nas horas vagas, Dona Maria e Dr. Hertel cuidavam do cultivo de batatas, o que causava espanto de um médico exercer atividade de colono.

Por conta de não ter seu diploma revalidado no Brasil, o médico não poderia continuar exercendo sua profissão, assim os Hertel transformaram sua residência em uma pousada para pessoas que necessitavam de acompanhamento médico – um hotel de repouso que a cada temporada precisava ser ampliado. Dr. Hertel cuidava dos necessitados e dona Maria, busca inspiração no Kerb, preparava o farto café, adicionando doces e criando o Café Colonial da Serra Gaúcha.

 

*história resumida a partir de uma matéria escrita por Renato Urbano Seibt

 

Meu primeiro café colonial



A convite do Café Colonial Serra Verde, da simpaticíssima Joana, troquei meu jantar por essa tradição da colônia alemã.

Uma mesa farta com embutidos, pães, bolos, biscoitos, embutidos (frios e linguiças), chucrute, doces, sucos, café, chá, leite, chimias, cremes e mais um monte de outras iguarias.

A primeira sensação que você tem é de “Hoje vou me esbaldar”, vira um “pô, vem pouquinho daquele pão/bolo/salgado/comida gostosa(o)” até que com o passar dos segundos, essa sensação vira espanto “nossa, quanta comida” e de repente você começa a tentar entender como cabe tanta comida na mesa.

Convidamos a Joana para sentar e conversar (os gaúchos conversam muito e tem muitas histórias como a que eu escrevi acima para contar) e tivemos 25 minutos de muita troca de conhecimentos.

Reserve ao menos 1 hora e meia para curtir seu café colonial e prove todos os sabores.

 



Serviço:

Café Colonial Serra Verde

Avenida 15 de Novembro, 3285

Pousada da neve, Nova Petrópolis – RS, 95150-000

(54) 3281-1966

Fechado as segundas-feiras

Terça-feira a sexta-feira 11:30 as 18:00

Sábado e domingo: 10:00 as 20:00

Viajamos para a Serra Gaúcha com recursos próprios e a ACINP (Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis) nos ciceroneou pela cidade, com hospedagem cedida pelo Hotel Petrópolis.


Veja mais imagens:

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Originalmente postado em 13 de jul de 2017

Sopa de Abóbora

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Sopa de Abóbora

 

 

Dicas!

Substitua o queijo fresco por parmesão ou provolone.

 Acompanhe a sopa com pão italiano e vinho encorpado e também frutado como um Malbec argentino.

Originalmente postado em 14 de jul de 2011

Massa de Pizza

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INGREDIENTES

  • 15 g de fermento fresco
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 2 colheres de sopa de azeite extra virgem
  • 1 colher de sopa de sal
  • 300 ml de água
  • 700 g de farinha de trigo

MODO DE PREPARO

Dissolva o fermento fresco com o açúcar.

Adicione então o azeite e a água.

Misture a farinha e o sal e vá adicionando os líquidos misturados, aos poucos e agregando-o à farinha.

Mexa com as mãos ou com a batedeira usando o gancho, até que a massa desgrude.

Boleie a massa, envolva em farinha e deixe crescer até dobrar de tamanho (sempre coberta para não ressecar).

Porcione a massa e separe as porções. Aguarde 30 minutos antes de abrir a massa.

originalmente postada em 28 de fevereiro de 2007. Revisada em 30 de março de 2020.

Medialuna doce

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Uma das maiores saudades que sinto da Argentina, são as medialunas. Sejam no café da manhã ou em algum dos cafés do centro no meio da tarde, uma medialuna doce é um excelente acompanhamento para um espresso.
Recentemente estive em Puerto Iguazu acompanhando o lançamento da Nova Ranger e aproveitei para bater um papo com o padeiro do hotel e corrigir algumas etapas da receita de medialuna que eu tinha e que não ficava boa o suficiente para ser publicada.

Medialuna doce

Algumas considerações:

Não é uma receita fácil. Muito pelo contrário. É bem difícil e demorada.
Ter um termômetro é essencial. A fermentação deve ser muito controlada e confesso que vai ser difícil em uma cozinha caseira.

Mas eu tinha de publicar, pois é uma das minhas melhores lembranças dos hermanos.

Originalmente postada em  15 de maio de 2017

Risoto de Camarão

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A versatilidade do Risoto, o torna um prato coringa para quem está aprendendo a cozinhar. Variar o ingrediente / sabor do risoto pode se tornar um exercício divertido que, com o tempo, dará segurança aos novatos e surpreenderá aos mais experientes.
Entre as regras básicas de um bom risoto temos o fundo utilizado. Se você não o tempo necessário para preparar seu fundo, você pode usar um industrializado, mas o resultado do fundo preparado em casa é infinitas vezes superior ao industrializado.
Os dois primeiros passos da receita, ensinam o preparo do fundo com as cascas do camarão usado na receita.
Bom preparo e aguardo seus comentários e fotos das pregações de vocês. As mais legais, serão colocadas na galeria aqui em cima.

Risoto de Camarão

Originalmente postado em 19 de jan de 2016

Fatouche

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Originalmente postado em 15 de maio de 2017

Rattatouille em cubos com filet de frango

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E cá estamos nós em uma reeducação alimentar novamente. Como já falei aqui no passado, o processo de reeducação leva tempo e precisa ser assimilado por quem se propõe a fazer.
Tenho feito alguns testes com o que tenho na geladeira e assim surgiu esse “rattatouille” falso que posto hoje. Tinha os legumes e dois filet de peito de frango na geladeira.
Vou focar no preparo do Rattatouille, então o frango é obviamente opcional. 🙂

gostou?

Rattatouille em cubos com filet de frango

Originalmente postado em 20 de jan de 2016

Cuscuz de Camarão

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Esse cuscuz de camarão é uma das minhas receitas favoritas.
Adoro comer, adoro preparar e o melhor – é uma receita bem simples. Ele fez parte das homenagens à blogueiros com Knorr quando participei da campanha Receita Milionária. Ela foi uma homenagem à minha amiga Miriam Bottan, do Substativolatil.

link para o vídeo

Mais receitas com Camarão

originalmente postada dia 26 de junho de 2007.

Waffle de calabresa

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Delicioso e reforçado waffle de calabresa.

 

Originalmente publicado em 30 de set de 2018

Bolinho de Chuva

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Quem nunca torceu para chegar uma chuva no meio da tarde, para que a vovó preparasse uma porção de bolinho de chuva ?

O bolinho de chuva é uma receita tão simples, mas tão simples que as vezes se torna complicada.

O grande segredo da receita é a paciência de mexer a massa com delicadeza e a temperatura da óleo na hora de fritar.

— continua depois da receita —

bolinho de chuva para aquecer a tarde chuvosa e fria...
Para ficar igual àquele da vovó

 

A história do bolinho de chuva

A receita é certamente portuguesa, mas ficou famosa no Brasil por conta das diversas vezes que a Dona Benta e Tia Anastácia a preparavam para Pedrinho, Narizinho e Emília nas histórias de Monteiro Lobato. De origem, o bolinho de chuva é basicamente um sonho (doce português), porém sem seu recheio.

O que pouca gente conhece é a lenda que acerca esse quitute.

Em uma tarde chuvosa no interior de Portugal, uma mãe (ou avó) tentando alegrar as crianças  que choravam por não poderem brincar no quintal, preparou os bolinhos e “choveu” a cobertura de açúcar por sobre os bolinhos e assim batizando-os de “bolinho de chuva“.

Outras receitas de Vó:

Biscoito de Polvilho

Maria Mole

originalmente postado em 11 de agosto de 2007.

Especial dia do Bacon