sábado, novembro 23, 2024
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O Vinho, o Deus e a Festa

Outro dia escrevi um post sobre a utilização do Vinho servir para tudo e a não obrigatoriedade de se existir um motivo especial para apreciarmos um bom vinho. Eis que me peguei logo depois  pensando em Baco e em toda a origem mitológica sobre o vinho e eis que surge um post aqui…

Para quem não sabe, Baco é o nome alternativo de Dionísio – o Deus Grego do vinho. Posteriormente adotado também pelos romanos, Baco / Dionísio é fruto da união de Sémele com Zeus. Dionísio foi gerido nos seis primeiros meses no ventre de sua mão, porém Sémele desapareceu fulminantemente após insistir com Zeus que apresentasse a toda sua glória e esplendor. Zeus então terminou a gestação de Dionísio em sua própria perna.

Além de Deus do Vinho, Baco é o Deus da ebriedade (excessos) e da Natureza.

Quando adulto Baco se apaixonou pela cultura de vinhas e passou a extrair seu suco. Para ser reconhecido como Deus, teve de vagar por toda a terra, espalhando a cultura de vinhas, seus efeitos e excessos. Eis que Juno/Hera, esposa de seu pai (Rainha dos Deuses) fez com que Dionísio fosse acometido por uma loucura que o fez vagar expandindo ainda mais o cultivo das vinhas. Sua avó Cibele/Réia o curou, o que permitiu que ele retornasse à Grécia para instaurar seu culto.

A origem do termo Bacanal

Como dito no início do texto, Dionísio foi adotado pelos Romanos e passou a se chamar Baco. Na Roma Antiga, o ritual em sua homenagem era chamado de Bacchanale – em português BACANAL. O ritual era composto por um cerimonial durante as vindimas (colheita das vinhas) e era seguido de uma comemoração pública e festiva. Originalmente as bacanais eram festas secretas em que apenas as mulheres (as Menades / Bacantes) participavam e duravam 3 dias no ano. Com o passar do tempo, os homens foram aceitos e as comemorações passaram a ser mais frequentes e causaram cada vez mais desordem e escândalos, pois invadiam as ruas de Roma com danças, gritos e adeptos do sexo masculino. Essas festas eram obviamente regadas de vinho.

Exageros à parte, a cultura do vinho vem a cada dia crescendo, assim como a variedade (esse exagero é bom), os motivos para tomar (esse exagero é ótimo).

 

 

Sabia que dia 13 de setembro é o dia da cachaça?

Ricardo Cobra
Ricardo Cobra
Pai, cozinheiro, já fui um monte de outras coisas mas acima de tudo, um curioso. Da aversão da dupla esponja e detergente nasceu o auxiliar de cozinha em uma viagem com tarefas compartilhadas. Atuando como personal chef, consultor e facilitador na Homem na Cozinha Cook Lab Ricardo Cobra mantém seu "filho mais velho" com o mesmo cuidado de 13 anos atrás.
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