Dentre as situações agregadas à gastronomia, uma das que mais me agrada e deixa satisfeito é o estudo sobre bebidas e muito especificamente a fabricação de vinhos. Desde o cultivo das vinhas, a extração do sumo e sua fermentação até virar uma bebida alcoólica, o processo fabril do vinho me fascina a cada dia.
Tecnicamente é considerado vinho no Brasil, toda bebida gerada a partir da fermentação do mosto de uvas sãs, frescas e maduras e sempre fascinou a transformação atingida de um fruto de uva até chegarmos às variedades de sabor de uma garrafa de vinho. Tão fascinante quanto o processo de fabricação do vinho é o poder que o vinho tem de aproximar as pessoas em qualquer situação.
Dizem os “estudiosos” que o ato de tomar vinho requer uma série de regras e padrões, pois é um ritual, mas em minha opinião tomar e degustar vinhos requer algumas pequenas regras:
O BRINDE
O brinde é algo essencial, pois uma das funções do vinho é unir as pessoas. Dentre todas as lendas que já ouvi sobre a origem do vinho, a que mais me parece real (e que mais me agrada, porque não dizer) é que um brinde serve para criar a confiança nas pessoas. Essa lenda diz que o hábito surgiu em uma época que era necessário trocar o conteúdo dos copos para evitar o envenenamento, Hoje simboliza a união, o objetivo daquela celebração.
O SABOR
O sabor de um vinho é necessário que respeitemos um único fator – Nosso Paladar. Um vinho bom é aquele vinho que agrada nosso paladar, independentemente de valor, uvas, origem.
A HARMONIZAÇÃO
O grande barato de degustar vinhos é a combinação de sabores entre as comidas e seu vinho. Um prato principal requer um tipo de vinho, enquanto uma sobremesa pede outro tipo de vinho e assim por diante, mas nunca podemos esquecer-nos do passo anterior – o sabor precisa ser agradável para você.
Quando tomamos vinhos?
Sempre. Tomar vinho é um processo, mas não precisa ser um processo chato com regras e rigidez. Não há necessidade de ter um objetivo específico para tomar vinho, basta querer.
Como tomar vinho?
O estudo do vinho é algo realmente complexo e detalhado, porém isso não devemos tornar o hábito de tomar vinho algo burocrático e difícil. Um vinho bom é aquele vinho que agrada nosso paladar, quando tomado sozinho ou quando acompanhando um prato de comida. O vinho precisa agradar unicamente a você que está tomando-o.
Com o que vai bem vinho?
Tudo. Existem mais de 400 tipos de uvas no mundo e a grande maioria possibilita transformação em vinho, portanto sempre existe um vinho para o seu prato.
Quando tomar vinho?
SEMPRE. Não existe uma ocasião certa para tomar vinho. Em comemorações ele é ótimo, em um almoço simples de domingo ele é ótimo, em um happy hour ele é perfeito (aqui o exagero volta a ser ruim, beba com moderação 😛 ).
Para demonstrar isso, a Casa Flora, convidou a mim e alguns outros amigos para um jantar que comprovasse que Vinho vai com tudo – O Vinho pra tudo. O convite vinha com uma pergunta “Qual sua comida favorita?”. Cada um dos 10 convidados respondeu com algumas opções (entrada, prato principal e sobremesa) para que um Chef nos preparasse as opções e para que o Sommelier da Casa Flora – Rodrigo Rodrigues – harmonizasse com vinhos Santa Carolina. O meu prato escolhido foi o Cuscuz (Paulista) de frutos do mar, mas que magicamente foi confundido com o Couscous Marroquino de frutos do mar, transformando a harmonização em algo mais especial ainda. O vídeo abaixo mostra um depoimento meu e o preparo da receita.
Quer saber mais sobre vinhos?
A Casa Flora tem uma Fan Page no Facebook que mostra o meu vídeo (e dos meus amigos), além de dicas que comprovam que o certo é “Vinho pra tudo”.